Através do CNE (Conselho Nacional de Educação), MEC analisa proposta de reestruturação dos cursos de engenharia, a intenção é que as mudanças sejam aplicadas já em 2019. O objetivo é trazer maior competitividade e empregabilidade no setor de engenharia. O mercado tem exigido mais do que conhecimento técnico e habilidades com cálculos.
São 5 anos nos bancos acadêmicos, e muitos estudantes ultrapassam este tempo devido ao nível de dificuldade natural exigido pela Engenharia. Apesar de toda a carga de conhecimento que o formando adquire ao concluir o curso, muitos deles saem destes bancos, direto para a o banco do desemprego que assola nosso país. Ou talvez não aumentam as estatísticas do desemprego, mas acabam em subempregos.
Em uma tentativa de reverter esta situação de falta de emprego após o período acadêmico, foi proposta uma reformulação dos cursos de engenharia do Brasil. E o assunto já vem sendo debatido desde início do ano passado pela Abenge (Associação Brasileira de Engenharia), MEC e CNE, além da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Outro problema enfrentado pelos cursos de engenharia é a alta taxa de evasão, já que pela dificuldade e acúmulo de matérias, muitos acabam desistindo de concluir o ensino superior. Além claro da qualidade dos profissionais que estão se formando em todo o país. Em comparação com outras nações do mundo, o Brasil fica muito atrás em relação a proporção de graduados em engenharia. A cada 10 mil habitantes, 4,8 se formam, enquanto a média em outros países é acima de 16. São números que têm preocupado o MEC, e mostram o quanto se é preciso investir em inovações, e, maneiras de atrair e reter mais estudantes.
O que também chamou a atenção para o tema, foi que no mês passado saíram os resultados do ranking de mundial de inovação, o Global Innovation Index (GII). No qual aponta o Brasil em uma situação quase que estática frente aos demais países. Desta forma avanços neste setor poderiam e contribuiriam com os avanços do país. Pois dentre os diversos indicadores de análise do GII, levam em conta as graduações em ciência e engenharia, no qual o Brasil se classificou em 79º lugar dentre 126 nações.
Com a proposta de reforma dos cursos de engenharia o MEC espera que aumente o interesse dos jovens pela área…
É visando uma mudança neste cenário que a intenção é fazer a mudança já para início de 2019. O problema é que temos pouco tempo até lá, talvez seja um tempo apertado para realizar tais mudanças no ensino. Mas segundo o secretário de Educação Superior do MEC, Paulo Barone, se o CNE finalizar a análise do documento de proposta até o final deste mês (agosto), a proposta poderá ser implementada em janeiro.
Ainda segundo Barone, o desinteresse pela área pode ser pela estrutura dos cursos, que podem ser vistas pelos jovens de hoje como engessadas e pouco inovadoras. Ele acredita que com a reforma, isto mudará e poderá atrair mais jovens, além de contribuir para o futuro deles de uma forma a ampliar o leque de oportunidades. Preparando os jovens para o mercado de trabalho, principalmente para as novas formas de trabalho da atualidade.
Um dos problemas mais comuns, não só para os estudantes de engenharia, mas também para a maioria dos demais cursos superiores enfrentam, é a falta de prática durante o período de graduação, o que tem um grande peso para a maioria dos formandos após conclusão da faculdade.
Há alguns passos de conquistar seu diploma, Douglas Henrique Alves Matias, 25 anos, estudante do último período de Engenharia Civil da FEPI, concorda com a ideia de mudanças. “Os cursos de engenharia devem focar na prática, mesclando a teoria vista em sala com aplicações práticas em campo. Em muitos casos o conhecimento teórico acaba sendo utópico frente a aplicação prática em um cenário repleto de imprevistos. Isso ajudaria o recém-formado ao por os pés no mercado de trabalho já com uma bagagem de conhecimento e preparado para solucionar problemas. Uma vez que esta é uma das grandes responsabilidades de um engenheiro”, comenta o formando.
A proposta principal da reformulação é trazer mais inovação, gestão e empreendedorismo para as salas de aula. Desta forma, estarão formando engenheiros que empregarão engenheiros, já que a maioria das empresas que empregam engenheiros, são do mesmo segmento. Assim poderão alavancar o aumento do interesse de novos alunos pelos cursos de engenharia.
A proposta ainda analisa a redução da carga horária total do curso, como uma forma de flexibilização da grade curricular dependendo da instituição. Podendo ser reduzida em até 1 ano, como ocorre em alguns países que formam engenheiros em 4 anos. O que abre espaço para as instituições criarem cursos complementares, ou talvez até um MBA, dando assim a perspectiva para o aluno completar sua graduação + o MBA em 5 anos.
Apesar de ser apenas uma das pautas de discussões da reforma, não deixa de ser interessante, mas também polêmica. Então não se anime antes da hora, certo? Vamos aguardar o resultado final desta decisão e acompanhar os próximos passos, caso a proposta seja aprovada, conforme sua proposta.
Então, o que você achou das propostas de mudanças? Deixe seu comentário e compartilhe com seu amigo estudante de engenharia, ou com os que pensam em cursar?
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