As medalhas que você conseguiu no ensino médio, pela primeira vez, valerá uma vaga em um curso de graduação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Saiba mais:
Além da Unicamp, a Universidade de São Paulo (USP) e a Estadual Paulista (Unesp) pretendem abrir vagas “olímpicas” – destinadas a alunos com medalhas em competições científicas como as de Matemática, Física e Química – nos próximos anos. A nova modalidade de seleção faz parte de uma tendência de diversificar formas de ingresso nas instituições paulistas.
Na Unicamp serão destinadas 90 vagas (parte delas extras) em 26 cursos para ingresso exclusivo de alunos medalhistas – as inscrições começaram em novembro. Estudantes que optarem pelas vagas olímpicas na Unicamp não precisarão fazer os testes tradicionais – basta apresentar os prêmios e o histórico escolar.
Se quiserem, também podem concorrer na modalidade convencional separadamente. Neste ano, 18 olimpíadas serão consideradas nessa modalidade. Quanto mais dourada a medalha, maior a pontuação. E prêmios em torneios internacionais, mais chance tem de conseguir uma vaga.
A ideia da mudança é “atrair os melhores estudantes” para a Unicamp, diz um professor da instituição. É comum que alunos olímpicos, principalmente aqueles com premiações em torneios internacionais, deixem o País. No exterior, universidades de ponta avaliam todo o histórico dos candidatos – e o engajamento nesse tipo de atividade aumenta o crédito nas seleções.
“Se eles não têm oportunidade no próprio país, procuram onde oferece. São estudantes especiais”, diz o pró-reitor de Graduação da USP, Edmund Baracat. A universidade, que ocupa o topo de rankings de desempenho no País, estuda a adoção desse novo modelo de ingresso para o próximo vestibular – com entrada em 2020. Na USP ainda não há definição sobre o número de vagas olímpicas.
Para Gladis Massini-Cagliari, pró-reitora de Graduação da Unesp, diversificar as formas de ingresso é um jeito de atender a dois tipos de expectativas. “As universidades públicas têm de conciliar a demanda pelo mérito, de selecionar os melhores, com a do compromisso social”. Para as vagas olímpicas, a Unesp estuda atribuir pontuação às medalhas e agregar outro critério para desempate – a nota no Enem pode ser um deles.
Com informações de Correio Braziliense.
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Imagem em destaque: Foto/Reprodução internet
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