Várias instituições portuguesas já adotam o Enem como critério de seleção de brasileiros.
Estudar no exterior é o sonho de muitos estudantes brasileiros. A experiência de morar em outro país, cursar uma universidade de renome e conhecer novas culturas, até parecia um desejo inatingível.
Parecia. Em 2014, o Enem começou a ser aceito por várias instituições portuguesas, possibilitando a realização do sonho de morar no exterior.
Considerado o maior exame educacional do país e uma das principais formas de acesso ao ensino superior no Brasil, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) agora é aceito em várias instituições de ensino em Portugal.
Após alteração na legislação portuguesa, que permitiu que as universidades criassem processos seletivos para estrangeiros, várias instituições firmaram acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para aproveitar os resultados do Enem para ingresso de brasileiros em suas graduações.
Adesão
O movimento começou no ano de 2014 e, desde então, só tem se intensificado. Atualmente, o Enem é adotado como critério de seleção de brasileiros em 27 instituições portuguesas. São elas:
- Universidade de Coimbra (UC)
- Universidade de Aveiro (UA)
- Universidade dos Açores (UAC)
- Universidade da Beira Interior (UBI)
- Universidade de Algarve (UAlg)
- Universidade de Lisboa (ULisboa)
- Universidade Lusófona (ULusófona)
- Universidade da Madeira (UMa)
- Universidade do Minho (Uminho)
- Universidade do Porto (U.Porto)
- Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria)
- Instituto Politécnico de Beja (IPBeja)
- Instituto Politécnico de Bragança (IPB)
- Instituto Politécnico do Porto (IPP)
- Instituto Politécnico Portalegre (IPPortalegre)
- Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA)
- Instituto Politécnico de Coimbra (IPC)
- Instituto Politécnico da Guarda (IPG)
- Instituto Politécnico de Viseu (IPV)
- Instituto Politécnico de Santarém (IPSantarem)
- Instituto Politécnico de Setúbal (IPS)
- Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (Cespu)
- Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB)
- Universidade Lusófona do Porto (ULP)
- Universidade Portucalense Infante D. Henrique (UPT)
- Instituto Universitário da Maia (Ismai)
- Instituto Politécnico da Maia (Ipmaia)
Inscrição
As universidades portuguesas recebem as inscrições, também conhecidas como candidaturas, exclusivamente pelas suas páginas na internet. Os estudantes podem se candidatar em várias instituições ao mesmo tempo.
O modo de convocação das instituições pode variar. Normalmente, o estudante é avisado por e-mail ou telefone. A partir do momento do contato é preciso providenciar a documentação necessária, observando sempre o prazo estabelecido para que a vaga não seja perdida.
O estudante também não precisa ir até Portugal antes do início as aulas, pois os procedimentos adotados pelas instituições são todos on-line.
Processo Seletivo
Os inscritos são selecionados conforme o desempenho obtido no Enem. O ano de realização, as notas mínimas exigidas no Exame e os pesos específicos para cada área de conhecimento e curso variam conforme a universidade.
A escala de classificação portuguesa 0-200 é adotada em grande parte dos casos. Isso quer dizer que, neste caso, a pontuação do Enem, cuja escala é de 0-1000, será dividida por cinco.
Custos
Inicialmente, os candidatos são submetidos às taxas de candidatura, que variam de 20€ a 110€ (euros), porém, em alguns casos, como na Universidade de Algarve, o procedimento pode ser realizado gratuitamente. Além disso, inscritos em determinados cursos podem ter despesas de quase 100€ com teste de aptidão física e desportiva ou com exame médico e de robustez física, quando necessário.
Em caso de aprovação, os calouros poderão desembolsar mensalidades de até 700€ ou anuidades que vão de 1.500€ a 7.000€ em até dez vezes. Em contrapartida, os melhores classificados e/ou bolsistas têm a chance de serem contemplados com descontos e pagarem taxas anuais inferiores, de 1.040€ a 2.250€. Algumas instituições cobram, ainda, uma taxa de 20€ no início de cada ano letivo, como se fosse uma espécie de taxa de matrícula.
Já o custo mensal com alojamento, material escolar, transporte, alimentação e outras despesas básicas podem variar de 300 a 500 euros por mês. Em alguns casos, as instituições oferecem a possibilidade do estudante incluir alojamento e alimentação na anuidade do curso, resultando em um acréscimo de apenas 250€ por mês.
Fonte: Brasil Escola
Imagem em destaque: Foto/Reprodução internet