Conhecida por ser uma das nações com melhor educação no mundo, Cingapura é um exemplo a ser seguido e neste artigo vamos saber um pouco mais sobre o sistema educacional do país asiático.
Cingapura é um pequeno país de apenas 719 km², com uma população de 5,4 milhões. Sob o domínio inglês, era apenas uma pobre colônia, tendo se tornado estado independente em 1965. Desde então, vem registrando posições de liderança não só na educação, mas em várias áreas.
O país é o quarto principal centro financeiro do mundo; o terceiro maior centro de refinação de petróleo; seu porto é o quinto mais movimentado do planeta; por isso, o Banco Mundial considera Cingapura o melhor lugar do mundo para fazer negócios. E também é um exemplo no que se refere a educação.
Nos últimos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) — a mais importante avaliação internacional de educação, organizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Cingapura tem se destacado.
O foco no país é formar alunos que sejam relevantes para o século 21. Isso significa introduzir na formação de professores e alunos as novas habilidades essenciais para se viver neste século: colaboração, pensamento crítico, criatividade e comunicação. Para isso, Cingapura criou as chamadas salas de aula colaborativas. “O estudante agora é o centro da educação. O aprendizado no século 20 era passivo, hoje é ativo”, diz Lee Sing Kong, vice-presidente da Nanyang Technological University (EUA).
Outro passo importante dado por Cingapura foi atrair jovens para a carreira do magistério, equiparando os salários dos professores ao dos engenheiros. Sem bons professores, bem formados e com uma carreira promissora, não iremos muito longe. Cingapura criou a figura do professor pensador (thinking teacher), que sabe como se adaptar ao novo e como reconfigurar a sala de aula. Ele precisa escolher o melhor jeito de ensinar cada conteúdo.
No novo modelo, estudantes que estão se formando para a docência têm professores mais experientes como mentores, que os supervisionam em sala de aula; as atividades práticas de docência correspondem a pelo menos 35% do currículo de formação de professores.
No país asiático, os alunos entendem a relevância do estudo, e os professores trabalham em sala de aula alguns problemas reais, dando significado à aprendizagem. Por isso, os alunos de Cingapura estão entre os mais motivados do mundo para estudar!
A chave do sucesso de Cingapura está no alinhamento de todos os componentes do sistema educacional, centralizados no currículo, na formação e na avaliação. Reconhecendo essa revolução que ocorreu na educação de Cingapura.
O objetivo da educação de Cingapura não é ser bem avaliada pelo Pisa (apesar de isso acontecer). O que importa é educar nossos alunos para serem relevantes no século 21.
Estrutura do sistema educacional
Normalmente, as crianças iniciam a vida escolar com cerca de quatro anos de idade, no nível denominado Preschool (pré-escola). Apesar das creches não serem públicas, devem estar registradas no Ministério da Educação. Também existem creches internacionais específicas para estrangeiros. Esta etapa dura até os seis anos.
Então, o aluno passa para a Primary School (Educação Primária, correspondente ao Ensino Fundamental I e parte do Ensino Fundamental II), com duração de seis anos. Durante a etapa da Educação Primária, os alunos estudam Língua Materna, Inglês, Ciências (desde o 3ºano), Matemática, Música, Artes, Educação Moral e Cívica, Educação da Saúde, Estudos Sociais e Educação Física.
Ao término dos seis anos de Primary School, os alunos se submetem a um exame, que determina os estudos posteriores. Esta prova denomina-se Primary School Leaving Examination (PSLE).
Dependendo da nota obtida no PSLE, os estudantes realizarão um tipo de programa ou outro na Secondary Education (Educação Secundária, que envolve parte do EF II e Ensino Médio), com o objetivo de ganhar flexibilidade e um curriculum variado, adequado às necessidades de cada aluno. A depender dos programas oferecidos, algumas escolas podem admitir estudantes de forma totalmente discricionária, enquanto outras não têm o mesmo direito, ou podem ter apenas uma porcentagem de discricionariedade na admissão de seus alunos.
O sistema de ensino, além disso, permite a mudança entre os diferentes tipos de curso para aumentar o nível de flexibilidade. Ao término destes programas, os estudantes fazem exame de O Levels (Special Courses, Express Courses) ou N Levels (Normal Courses).
No nível pré-universitário (equivalente ao Ensino Médio), os estudantes preparam-se para o ingresso na universidade. Este período tem uma duração de dois ou três anos. Após o período de formação, os estudantes fazem exames, que são um dos fatores avaliados para a admissão na universidade. Os alunos que finalizam esta etapa de ensino recebem o School Graduation Certificate.
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Imagem em destaque: Foto: Tampines Junior College
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