Primeira diretora da UFRJ em 225 anos de história!

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Em 225 anos de história, UFRJ elege pela primeira vez para diretoria uma mulher. A engenheira e professora Cláudia Morgado, de 53 assumiu em abril deste ano o posto de Diretora da Escola Politécnica da UFRJ, um grande marco para a instituição de ensino de Engenharias mais antiga das Américas e também para as mulheres.

A classe feminina sofre a anos com discriminação, baixos salários e historicamente sempre esteve em desvantagem na sociedade. Principalmente pelo papel da sociedade machista e retrogrado no qual foram impostas por anos. Eram vistas como um complemento na vida do homem, quase que como objetos. Um pouco pesado, mas sim, é a verdade e não é nenhum segredo, basta olhar para como a mulher era tratada na sociedade nos séculos passados, e por alguns até hoje.

Desde pequenas, ainda na infância a sociedade preparava suas mulheres para serem esposas, mães e donas do lar e por muito tempo, infelizmente tiveram que submeter-se a estas situações. Mas graças a grandes personalidades femininas, ao longo da história foram reclamando seu lugar na sociedade como construtoras e condutoras de seu próprio destino. Acabando com a crença de que, mulher é o sexo frágil e sabemos disso a muito tempo. Qualquer um que se oponha, deveria repensar suas crenças, estamos em pleno século XXI, convenhamos, não há mais espaço para machismo.

Atualmente vemos um grande aumento da presença de mulheres em Universidades, e já supera o nível de instrução dos homens em número de anos de estudo. Porém isso de fato não representa a redução da desigualdade de gêneros. Ainda há muito o que se caminhar nessa luta para reduzir e extinguir a desigualdade existente. Em cursos de engenharias, a presença feminina é ainda muito baixa, cerca de 28% dos alunos são mulheres.

Diretora da UFRJ

A Escola Politécnica da UFRJ foi criada em 1792, com origem na Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, que inicialmente era formada por militares que seriam os engenheiros que dali sairiam. Quando houve a necessidade de organização estrutural do Brasil, teve-se que abrir a escola para formação de novos profissionais, não militares, chamados Civis, originando a Engenharia Civil.

A conquista de Cláudia, foi também uma forma de dizer para as mulheres que existe muito espaço para elas e que deveriam estar mais presentes nos cursos de Engenharia. Ela é formada em Engenharia Civil pela UFRJ, turma de 1987, o novo cargo oferece desafios para a diretora, já que o corpo docente é na maioria formado por homens e cerca de 17% de mulheres. Aos olhos dela, servirá como afronta à discriminação sofrida por mulheres em cargos de direção. E deixa claro ainda, que contribuirá com ações para quebrar conceitos machistas e racistas dentro da UFRJ.

Segundo a diretora, espera que seu comando à frente de uma Escola de Engenharia, sirva como motivação para outras jovens optarem pela carreira em Engenharia. Assim esperamos também, além de outras questões como a igualdade de salários entre homens e mulheres, seja extinguida. É um absurdo que você pode até não acreditar que exista, mas que infelizmente existe e não só aqui no Brasil.

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Desejamos sucesso em sua jornada!


Fonte: O Globo
Imagem em destaque: Foto/Reprodução internet

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