Nenhum setor está imune à crise e o mercado de trabalho, que já dava sinais de perda de dinamismo desde o fim de 2014, “intensificou a trajetória de arrefecimento”, segundo análise recente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Aumento do desemprego e desaceleração dos rendimentos reais marcam este caminho, segundo o texto do instituto.
No entanto, algumas áreas e carreiras estão sofrendo menos os efeitos da retração da economia. Na visão de Marcelo Braga, sócio da consultoria Search, tecnologia, mercado financeiro, farmacêutico e o agronegócio são os segmentos menos afetados pela crise atual.
Em relação às atividades profissionais, posições ligadas à redução de custos, ganho de qualidade eficiência em estruturas, processos e procedimentos são mais valorizadas em cenários menos positivos para a economia.
EXAME.com entrevistou 11 especialistas de diferentes consultorias de recrutamento para saber mais sobre as profissões e carreiras que seguem em alta e, até agora, têm se mostrado (quase) à prova de mau tempo na economia. Veja, nas fotos, quais são as carreiras e quais motivos mantêm a demanda por profissionais mesmo em época de crise:
Profissional da área de compras e suprimentos
O que faz? Organiza a compra e faz negociações com fornecedores de todos os materiais, diretos e indiretos, usados pela empresa. Além disso, pode se envolver na discussão de grandes contratos de prestação de serviços.
Por que sobrevive à crise? Paulo Dias, diretor de recrutamento da consultoria STATO, diz que o profissional da área é capaz de renegociar contratos antigos, buscar novos fornecedores, reavaliar prioridades e necessidade de aquisição ou não de determinados itens. Com isso, acaba se tornando uma figura-chave para a redução de despesas nas empresas.
Gestor de projetos e processos
O que faz? Reavalia processos internos e faz a gestão de novos projetos, para garantir cumprimento de prazos e budgets estabelecidos. Pode atuar como consultor externo ou numa área interna das empresa.
Por que sobrevive à crise? Segundo Paulo Dias, diretor de recrutamento da consultoria STATO, as empresas têm buscado profissionais que as ajudem a reorganizar procedimentos e gerir melhor qualquer projeto, como o lançamento de um novo produto ou a mudança de um sistema integrado. O objetivo é claro: economizar o máximo possível de tempo e dinheiro.
Desenvolvedor de software
O que faz? Desenvolve aplicativos e programas com o objetivo de trazer mais eficiência em processos e procedimentos da empresa. Tecnologias como Dot.Net, PL-SQL e Java são as especialidades mais procuradas, de acordo com a consultoria Conquest One.
Por que sobrevive à crise? Mesmo com a indústria retraída, há setores mais “saudáveis” no momento que compensam o fraco desempenho industrial. “Construção, farmacêutico e tecnologia são setores que estão bem e contratando, o que equilibra a balança do mercado de TI”, diz.
Engenheiro de energia renovável
O que faz? Demanda em alta para profissionais de nível executivo, que atuam na gestão de projetos de geração de energia renovável.
Por que sobrevive à crise? Faltam profissionais experientes no setor. “Temos recebido até pessoas que vem de outro país, porque há falta de mão de obra no Brasil neste setor que é relativamente novo”, diz Carlos Guilherme Nosé, sócio da Asap.
Analista ou supervisor de custos
O que faz? Promove ou gerencia a otimização de processos internos e a redução de custos da empresa.
Fique por dentro das melhores oportunidades, é grátis! >> Cadastre-se <<
Por que sobrevive à crise? A área de finanças faz toda a diferença em tempos de cinto apertado. “Um profissional que corta gastos é alguém de quem nenhum empregador vai abrir mão neste momento”, diz Marcela Esteves, gerente de divisão da Robert Half.
Adaptado de: Exame
Por: Camila Pati; Claudia Gasparini
Faça um curso online com certificado. Início imediato! Todos os cursos são válidos em todo o Brasil e podem ser utilizados para melhorar seu currículo profissional. Acesse nossa página de cursos ou clique no link abaixo.